quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A estrela


Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distancia
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.

Manuel Bandeira

2 comentários:

  1. Ai que saudade deste poema de Manoel Bandeira, fazia parte daquelas poesias que tinha na escola...amei ler aqui.
    beijos

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  2. Recordar é viver!

    Necessitamos de amor. Ele dá sentido às nossas vidas. É o combustível que nos anima. Sem ele é difícil suportar o destino, ou amar a vida.
    O amor é-nos intrínseco, e, de acordo com certa visão científica, ele é o herdeiro de um certo sonho bacteriano: o sonho remoto de qualquer bactéria em se unir e fundir com outra.
    Alguns pensadores, sobretudo modernos e contemporâneas defendem que o homem não pode prescindir da ilusão. Ela faz parte da natureza humana, e é uma forma de fugirmos à vida real, e ao sofrimento e falta de sentido presente no fundo da nossa existência. A vida passa pelo sonho. O homem não suporta viver constantemente a verdadeira realidade.
    Abençoado seja o que inventou o sono, a manta que cobre todos os pensamentos humanos, o alimento que satisfaz a fome, a bebida que apazigua a sede, o fogo que aquece o frio, o frio que modera o calor, e, finalmente, a moeda corrente que compra todas as coisas, e a balança e os pesos que igualizam o pastor e o rei, o ignorante e o sábio.
    Devemos agradecer às ilusões. E aceitá-las sem queixumes, se porventura colidem com a realidade e se desfazem em pedaços. Elas são, afinal, uma forma de dar sentido à vida.

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